Olhava para o céu.
Esperando.
Da longa espera,
cresceu.
Em tamanho e sonhos.
E na dimensão do universo,
ainda esperava.
Recebeu bilhetes e
logo cartas perfumadas.
O sino, no alto da
torre, consumou sua sina.
Acaso? Um caso. Idiofone.
Quando se deu conta,
já não era mais solidão.
Transformou-se em duplo,
que no fundo ainda era um só.
O verão despontou no
horizonte e avante.
Houve tempo para Epiphyllum
Oxypetalum, carícias e beijos.
O mundo lhe foi
apresentado. Desvendado.
Brisa e chuva. Cores
e valores.
O tempo lhe foi
tomado. Ágil.
Os fusos eram cada
vez mais confusos.
Para o seu delírio,
receitam colírio.
Folhas se apagaram.
Lembranças secaram.
Tudo passou num
piscar de olhos. Sem retorno e recomeço.
Bastar-se a si mesmo?
E apesar da autoridade
da idade, ainda olhava para o céu.
Esperando.
Almejando.
A Estrela.
A hora da Estrela...
Cadente
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