Maria
era uma menina curiosa que adorava o seu porquinho. Ainda quando menina recebeu
de uma tia distante uma mala repleta de lindas roupas - que ficaram guardadas à
espera de que a menina crescesse. Eram roupas de todos os tipos: casacos de lã,
blusas coloridas, saias estampadas, calças listradas, luvas de fina renda, chapéus
enormes, meias de bolinha e até lenços de seda. A mala tornou-se o sonho da
menina. Sempre que se sentia triste corria para experimentar cada uma das
roupas – na esperança de que alguma servisse! Sonhava com o dia em que desfilaria
com o lindo vestido ou exibiria as lindas luvas de renda. O tempo passou e
Maria cresceu. Finalmente, numa tarde chuvosa de domingo, o vestido lhe serviu
como uma luva, porém, ela já estava grande demais para se encantar com a delicadeza
das rendas ou com as cores do vestido já desbotado. Ela então esqueceu
a mala e enterrou o seu porquinho. As roupas ainda eram as mesmas, no entanto,
a menina já não era mais menina.
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